doncecilio, la otra cosa, a verla al cine, que se aprecia mejor en grande. Si es que tienes la suerte de que se estrene en tu ciudad... Después del estreno, ya hablaremos del gobierno, atentos al blog :-)
o seu filme podia ser uma história de amor. não é. o seu filme podia ser uma digressão etnográfica. não é. o seu filme podia ser um melodrama estival, com vista para serra. não é. o seu filme podia ser um tese de doutoramento em cinema moderno. não é. o seu filme podia ser uma indagação partilhada sobre o que é ser actor. não é. o seu filme podia ser uma espécie de musical proto-pimba, castiço até mais não. não é. o seu filme podia ser uma comédia inteligente, ligeiramente patusca e gozando com essa coisa que é a alma portuguesa, tal como visível no quotidiano banal. não é. o seu filme podia ser um registo em 'huis clos', um 'jeu de massacre' emocional, em torno do triângulo/quadrilátero ficcional do filme (pai, filha, o primo e interesse amoroso daquela, a mãe e mulher ausente dos primeiros personagens). não é. o seu filme não é nada disto 'per se'. e, no entanto, claro está, é tudo isto. só que é muito mais do que isto. no diálogo final, já o segmento ficcional acabou - acabou? - discute, na presença do núcleo duro da equipa de filmagem, com o seu director de som, queixando-se de que existem no material filmado 'sons que não estão lá'. o seu director responde-lhe que, e citamos de memória, que 'não lhe interessa nada o que está lá, para isso há uma data de outros tipos; ele vai e capta outra coisa, porque ele vai ao encontro do que lhe interessa escutar e captar. seja ou não tecnicamente possível.' ao fim de duas horas e meia de filme, este é o único argumento de tese. sim, este filme é sobre o que está lá (o registo das festividades e do quotidiano de verão, numa vilazinha da beira interior, tempo de festas e romarias, mistura de rituais antigos e praxis modernas, regresso de emigrantes, sagrado e profano de mão dada, sempre ao som do cançonetismo popular ligeiro) e sobre o que não está lá (a grandeza humana que, maior do que qualquer ficção idealizada, se esconde em cada um de nós; os enredos implícitos; a humanidade em estado de graça, quando expôe toda a sua sublime e tocante paleta de emoções).
Lo que dijo flavia lo pensé yo desde que vi Honor Cavalleria antes de que la llevaran a Cannes. Y no es causal que luego a la crítica de Cannes les gustara más en DVD tras el festival que cuando la vieron en pantalla grande.
Dios los cría y ellos se juntan. Voici venu le temps du cinéma vide, des cinéastes astucieux et de la critique chaquetera. (vale la pena leerse el texto de Cioran "au-delà du roman" donde habla del mismo fenómeno en literatura. ¡Ay qué tristeza ma grande!
Debido a la incertidumbre que provoca nuestro eterno regreso, y aun con nostalgia del papel macerado a fuego lento, nos hemos decidido al fin a hacer un sencillo, útil y práctico blog, para poder volcar en él nuestras impresiones, escrituras, provocaciones e imágenes de todo tipo. Un espacio más para la reflexión, la crítica, el desbarre y el cine. Un lugar para consagrar la inmediatez del discurso, la espontaneidad y el arrebato pero también para recuperar artículos no publicados o descatalogados de Letras de cine. Eso sí, entretanto, seguimos con la esperanza de volver a la celulosa, ¡¡a seguir haciendo crítica táctil y rugosa!!
17 comentarios:
Bufff! Qué grata sorpresa!! Me se de unos cuantos futuros agradecidos en Mundoburro...
Gracce
Brutal!! Mil gracias.
qué se supone que es esto?
es para bajar algo?
por favor... q alguien me lo explique?
Javi.
yo tampoco lo pillo
instalaos el programa pando y después abrid los dos enlaces en el explorador de internet.
una vez que tengais el pando clickais a la foto y se abre el archivo
Se agradece, aunque cuando he visto la foto de Serra he pensado que sería otra cosa...
doncecilio, la otra cosa, a verla al cine, que se aprecia mejor en grande. Si es que tienes la suerte de que se estrene en tu ciudad... Después del estreno, ya hablaremos del gobierno, atentos al blog :-)
mmm... ya me la he bajado... pero...
una pregunta... de que película se trata y de que director es?
saludos y gracias
Sí, eso... de que obra se trata y quien es el director ¿?
o seu filme podia ser uma história de amor. não é.
o seu filme podia ser uma digressão etnográfica. não é.
o seu filme podia ser um melodrama estival, com vista para serra. não é.
o seu filme podia ser um tese de doutoramento em cinema moderno. não é.
o seu filme podia ser uma indagação partilhada sobre o que é ser actor. não é.
o seu filme podia ser uma espécie de musical proto-pimba, castiço até mais não. não é.
o seu filme podia ser uma comédia inteligente, ligeiramente patusca e gozando com essa coisa que é a alma portuguesa, tal como visível no quotidiano banal. não é.
o seu filme podia ser um registo em 'huis clos', um 'jeu de massacre' emocional, em torno do triângulo/quadrilátero ficcional do filme (pai, filha, o primo e interesse amoroso daquela, a mãe e mulher ausente dos primeiros personagens). não é.
o seu filme não é nada disto 'per se'. e, no entanto, claro está, é tudo isto. só que é muito mais do que isto. no diálogo final, já o segmento ficcional acabou - acabou? - discute, na presença do núcleo duro da equipa de filmagem, com o seu director de som, queixando-se de que existem no material filmado 'sons que não estão lá'. o seu director responde-lhe que, e citamos de memória, que 'não lhe interessa nada o que está lá, para isso há uma data de outros tipos; ele vai e capta outra coisa, porque ele vai ao encontro do que lhe interessa escutar e captar. seja ou não tecnicamente possível.'
ao fim de duas horas e meia de filme, este é o único argumento de tese. sim, este filme é sobre o que está lá (o registo das festividades e do quotidiano de verão, numa vilazinha da beira interior, tempo de festas e romarias, mistura de rituais antigos e praxis modernas, regresso de emigrantes, sagrado e profano de mão dada, sempre ao som do cançonetismo popular ligeiro) e sobre o que não está lá (a grandeza humana que, maior do que qualquer ficção idealizada, se esconde em cada um de nós; os enredos implícitos; a humanidade em estado de graça, quando expôe toda a sua sublime e tocante paleta de emoções).
pues decía Flavia que el Serra se ve mejor en pequeño que en grande en el cine!
el Gomes, brutal
Lo que dijo flavia lo pensé yo desde que vi Honor Cavalleria antes de que la llevaran a Cannes. Y no es causal que luego a la crítica de Cannes les gustara más en DVD tras el festival que cuando la vieron en pantalla grande.
Daniel
Dios los cría y ellos se juntan. Voici venu le temps du cinéma vide, des cinéastes astucieux et de la critique chaquetera. (vale la pena leerse el texto de Cioran "au-delà du roman" donde habla del mismo fenómeno en literatura. ¡Ay qué tristeza ma grande!
This is cool!
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